O programa Ganha-Ganha: Igualdade de gênero significa bons negócios – promovido pela ONU Mulheres, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a União Europeia (UE) –, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA) marcaram presença na Semana Internacional do Café, entre os dias 7 e 9 de novembro de 2018 em Belo Horizonte, capital do maior estado produtor do Brasil – Minas Gerais – e organizaram mais de 150 reuniões de negócios, com ênfase nas mulheres. No total, os negócios firmados foram estimados em mais de US$ 1,3 milhão, com previsão para US$ 5,6 milhões em um ano, somando US$ 8 milhões.

O evento apresentou diversas ações a milhares de profissionais do mundo focados nas áreas de mercado consumidor, conhecimento, inovação, negócios e empreendedorismo. Mulheres de países como Brasil, Costa Rica, Panamá, Guatemala, Honduras, México, Estados Unidos e Japão estavam lá, expondo, aprendendo, negociando, compartilhando experiências, fazendo história e mudando este cenário predominantemente masculino.

A parceria entre o Programa Ganha-Ganha e a IWCA foi possível graças à articulação da diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho. Presente no Brasil com mais de 400 associadas, a IWCA tem representação em outros 21 países. A fundadora da IWCA Brasil, Josiane Cotrim, não esconde a emoção ao compartilhar as histórias de sucesso das mulheres do café. “Elas estão saindo das propriedades, buscando capacitação e inovação tecnológica e cada vez mais ligadas nas demandas do mercado internacional. Poder encontrar essas guerreiras neste evento, protagonizando histórias de sucesso e sendo premiadas, é de uma alegria ímpar”, observou.

Adriana Carvalho, especialista do setor privado do Programa Ganha-Ganha no Brasil, explicou que o empoderamento econômico das mulheres é um dos objetivos principais do programa, cuja área de atuação não se limita ao acesso das mulheres à própria renda, mas também ao comando e aplicação desses recursos e à capacidade de reconhecer seus direitos e demandas.

“Testemunhamos histórias de superação compartilhadas por mulheres de diversos países do mundo, que encontraram no café o caminho para romper as barreiras do preconceito, superar a miséria e o desemprego, contribuir para a melhoria de vida de suas comunidades. Isso já representa um avanço importantíssimo para todas as instituições envolvidas”, comentou Adriana.

No que se refere ao incentivo à exportação, a parceria conta com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que mantém uma linha de atuação voltada para o empoderamento feminino por meio das exportações e do investimento de impacto. Participaram da rodada de negócios cinco importadores e importadoras do Brasil e do exterior e mais de 40 produtoras latino-americanas de cafés especiais, com certificação de comércio justo e sustentável, além de café orgânico. “São cafés com valor agregado, e o comércio tem reconhecido isso. Sabemos que as mulheres empoderadas economicamente mudam o modelo de fazer negócio e a realidade onde vivem”, disse a gestora de Projetos de Sustentabilidade, Adriana Rodrigues.

Saiba mais em: http://www.onumulheres.org.br

 

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